sexta-feira, 4 de junho de 2010

CAPÍTULO 9

JACOB...


9. LOBO EM PELE DE CORDEIRO

“Agora pegamos ele!”-pensei alto, enquanto todo o bando se concentrava em uma ponta da clareira onde o invasor foi acuado. O vampiro parecia cansado, ou queria apenas nos cansar. Todo o bando estava envolvido, dos menores aos maiores, todos.
Esse era meu medo. Da história de Sarah se repetir. E ela estava com a gente, apoiando o bando.
“Ele vai escapar...”-Quil pensou, quando finalmente rodeamos a clareira.
“Não façam movimentos apressados, ao meu sinal...”-eu comecei a me aproximar, sentindo meu coração pulsar forte.
O sugador de sangue era traiçoeiro, e como os Cullen haviam pensado, era verdade o tal poder de teletransporte, isso era o que mais me fazia odiar aquele sanguessuga fujão.
Quando meus passos se tornaram mais precisos, algo parou exatamente em minha frente, era um desafio. Todos os lobos se prepararam. Vi, em meio a escuridão, seu sorriso triunfante. Congelei. Rosnei para a figura na minha frente, ele permaneceu imóvel, então preparei o bote e pulei, todo o bando avançou, mas, quando pensei ter pego a cabeça do monstro em cheio, estava com a boca cheia de ar.
Virei, rápido, mesmo sabendo que Jared guardava minhas costas. Eu agora estava no meio da clareira, e o sangue suga simplesmente evaporou. Rosnei, selvagem. Aquilo me deixava a ponto de explodir...
Talvez se eu estivesse como humano, eu já teria explodido tudo, desde meu corpo, até o corpo do lobo. Não corria mais adrenalina nas minhas veias, apenas sangue quente, pulsante de ódio.
“O que vamos fazer?”-Brady pensou, me interrogando.
“Revirar a reserva...”-pensei com ira. Até meus pensamentos estavam emanando ódio.
“De novo?”-Embry fez corpo mole.
“E quantas vezes forem necessárias!”-sem controle, rosnei para ele, que apenas recuou, e vi todos os pensamentos do meu bando silenciarem. Não era muito justo aquilo, afinal, estávamos na cola daquele sugador de sangue a noite quase toda. Os lobos estavam cansados.
“E como estamos!”-Sarah pensou, sentando-se.
“Foi mal, acho melhor vocês irem descansar... o dia está amanhecendo, não é justo. Principalmente pra Collin e Brady, que tem aula na reserva. Vão...”-pensei, me pondo em posição de partida.
“E você?”-Sarah pareceu assustada. Por trás daquele pensamento passou outro, como indignação.
“Vou continuar. Agora vão!”-ordenei, e todos me obedeceram, o alfa tem esse poder, o que é uma boa, poupa discussões.
Vaguei ainda um tempo pela floresta, maldito vampiro idiota! Não deixava rastro, nem cheiro, nem merda de nada para podermos segui-lo. Apenas sua presença, mas agora ele parecia não está lá. Ou aqui, ou em lugar nenhum.
O dia amanhecia, preguiçoso, sem sol, as nuvens pretas iam ficando mais claras. Pensei em fazer uma visita a Nessie, eu estava preocupado. Essa noite foi ruim, meu instinto de impressão me machucou muito, sempre indicando perigo.
Mas ela estava em casa, com muitos vampiros lutadores ao seu redor, e eu tinha meu bando, por isso, quanto mais me aproximava da casa dos Cullen, mais eu me sentia aliviado, como se eu estivesse chegando em casa.
Isso me fez recuar um pouco, esse sentimento de “Lar doce lar”, em um lugar que eu não queria muito ficar me dava sérios enjôos. Assim que avistei o telhado do chalé onde Nessie morava, meu coração disparou, minhas pernas automaticamente se projetaram para correr mais rápido, e eu corri.
Alguns metros antes, desfiz a transformação, coloquei minha roupa costumeira, e fui andando em direção a janela do quarto dela. Estava fechada. Bati no vidro, e logo vi cabelos ruivos e olhos achocolatados me encarando, e sorrindo, mas um sorriso meio que preocupado.
A droga da impressão me apertou. Milhões de agulhas transpassaram meu peito. Franzi a testa, tentando disfarçar a dor. Quando ela abriu a janela para que eu pudesse entrar, que vi a porta no chão, congelei.
-O que...-comecei, meio paralisado. Ela apenas em abraçou, e a dor vazou, escorreu para fora, me deixando com uma sensação de alívio divina.
-Não quero te preocupar...-com o rosto em meu tórax, ela sussurrou.
-Eu já estou preocupado. O que aconteceu?-retirei com cuidado seu rosto de perto de mim e encarei aqueles olhos. Não sei, mas em seu rosto encontrei uma paz realmente impossível, pelo menos naquele momento.
-Recebi uma visitinha noturna ontem...-ela brincou.
-Não!-rosnei, um pouco alto demais. Era cedo ainda, acho que umas cinco da manhã. Nessie ainda estava de pijama.
-Não o que?-ela me olhou preocupada.
-Ontem perseguimos um vampiro, ou ele perseguiu a gente, não sei... bem que meu instinto me advertiu a noite inteira... ele te fez alguma coisa? Não, por que se fez...
Meu corpo inteiro tremeu, me afastei de Renesmee, para tomar um pouco de ar, o calor subiu, uma onda de ódio novamente me tomou.
-Não, não se preocupe. Aquela porta no chão é sinônimo do salvamento do meu pai...-ela sorriu, olhando a porta jogada no chão.
Renesmee tinha um estranho senso de humor, quando se tratava de perigo. Sentei na sua cama, já controlado, baixei a cabeça.
-O que foi? Não se preocupe! Estou bem, vê?-ela deu uma curta volta, e eu olhei seu corpo, aparentemente bem.
-É minha função te proteger! Não posso deixar você assim tão vulnerável! Hoje, depois da sua aula, você vai ficar em La Push! Não quero você sozinha aqui! Entendeu?-olhei para sua cara indiferente.
-Ok, senhor alfa! Mas lembre-se, sou apenas sua namorada, não um membro do seu bando!-ela contorceu os lábios em um charmoso biquinho. Eu suspirei e ela se sentou ao meu lado.
-Eu sou um péssimo namorado!-desabafei.
-Não! Você é maravilhoso! E eu, particularmente, não acho seus cuidados de impressão muito saudáveis pra mim e pra você! Parece que você está comigo por obrigação...-ela abaixou a cabeça também.
Senti que não era bom demonstrar minha preocupação com ela assim, tão na cara. Ela não devia se sentir um fardo pra mim, não mesmo!
-Olhe, não vamos mais falar disso, certo? Passe o dia em La Push comigo e com os garotos! Prometo que será divertido! Nada de super proteção do lixo da impressão!-falei, vendo um sorriso nascer em seus lábios rosados.
-Combinado!-ela consentiu, e nossos rostos foram se aproximando, no que iria ser um beijo. Edward estava na porta, recuei, não por pudor, ou vergonha, mas porque o clima realmente não era de romance, e percebi isso em seus olhos pesados e suas olheiras roxas.
-Então o vampiro apareceu para seu bando?-ele me olhou, já sabendo a resposta.
Eu odiava ter que ficar repetindo, principalmente pra ele.
-Não apareceu, apenas perseguiu a gente, e depois perseguimos ele, do tipo Tom e Jerry.-falei, olhando pela janela. Nessie apertou minha mão, me fazendo arrepiar com seu toque.
-Não deu pra ver ele... mas pense comigo... ele apenas distraiu os lobos, para não ficarem perto daqui, mesmo fugindo depois do ataque a Nessie. Isso deu a ele a vantagem do seu bando não saber da visita dele essa noite. Assim, os lobos teriam que ter cuidado com seu território, e não mais rondarem por nossas terras.-Edward concluiu, e sua lógica fazia sentido.
Olhei para Nessie, e me levantei. Precisava conversar com Edward longe dela. Esses assuntos deixariam ela muito preocupada, se sentindo uma causadora de problemas.
-Sim, sim. Me siga até o...
-Jake? Bom dia!-Bella apareceu na porta assim que Edward foi saindo.
-Nem tão bom assim, Bells...-suspirei e ela entendeu.
-Onde vocês vão?-Renesmee se levantou e segurando ainda em minha mão, me deteve.
-Apenas conversar táticas de defesa, melhor você ir se arrumando para a escola...-Edward sugeriu, ouvindo seus pensamentos. Seus olhos miravam Nessie de um jeito carinhoso, como muitas vezes eu vi ele olhar Bella.
-Ainda é cedo...-insistiu ela, apertando minha mão. Nossos olhos se encontraram e os meus se estreitaram, em um... “Me deixe ir!”.
Sua mão soltou a minha e nós três seguimos até a sala de Edward, acho que era um escritório, sei lá. Cheio de livros em cima de uma mesa. Poucas vezes eu tinha entrado nessa casa toda.
-Então quer dizer que o vampiro perseguiu seu bando?-Bella perguntou, já no escritório. Edward me ofereceu uma cadeira, mas eu preferi ficar de pé. Ele também não se sentou, ficou de pé ao lado de Bella, que estava sentada na cadeira da mesinha.
-Sim, sim. Ele nos perseguiu, depois o jogo inverteu, começamos a perseguir ele, até que ele desapareceu. Como Tom e Jerry. Esse sugador de sangue é forte, ou poderoso. Apenas foge, e não conseguimos pegá-lo, não sós.-admiti a fraqueza, esquecendo do orgulho, porque o que estava em jogo era muito mais do que superioridade de raças, mas sim segurança, não só do meu bando, mas a da Nessie.
-Ele queria ter os lobos longe das nossas terras, mesmo depois do ataque. Assim, os lobos ficariam indecisos, ou acabariam por ficarem defendendo suas terras, deixando livre o caminho para as nossas. Sem os lobos para atrapalhar, nós seríamos fáceis de vencer, menor número, menos trabalho para driblar.-concluiu Edward.
-Isso faz sentido.-concordei.
-Pelo menos sabemos o que ele quer...-com olhos perdidos, Edward balbuciou.
-Renesmee?-eu asfixiei. Meu coração acelerou.
-Mas por quê?-Bella perguntou, indignada, olhando para a expressão perdida de Edward.
-Não sei... ou sei sim!-Edward se surpreendeu com seu próprio pensamento.
Bella e eu automaticamente olhamos para ele.
-Vingança! Pode ser algum filho de Joham querendo vingança! Não sabemos quantos filhos ele fez, nem que ligação tinha com esses filhos! Devemos entrar em contato com Nahuel. Vou ligar agora para Rosalie. Emmett e ela poderão pegar um vôo de Nova York até a America do Sul hoje mesmo. Nós não podemos sair daqui.
-Não temos certeza de que Nahuel sabe algo, Edward...-Bella se levantou e abraçou o marido.
-Mas qualquer coisa, meu amor, nos ajudará. É nossa família! Ainda que não estejam todos aqui, mas se for possível, juntaremos todos, do clã de Denali, até os egípcios novamente. Não fiquei em Forks tanto tempo para um outro vampiro com sede de vingança destruir minha família!-com emoção, Edward disse, olhando nos olhos dourados de sua mulher.
Esse lado eu admirava na família Cullen. Sempre unidos, como no meu bando. Um protegeria o outro até a morte. Observando essa cena, não notei quando Nessie apareceu na porta.
-Filha!-Bella disse, surpresa, indo abraçá-la. Ela parecia triste.
-Nessie, não sei se será bom te deixar a par dessa situação toda.-Edward se aproximou da filha.
-Como você disse, papai, é nossa família, eu estou envolvida também, nada mais justo do que saber tudo que se passa.
-Como faremos então? Nessie continuará indo para a escola?-Bella quis saber, e todos nós olhamos a face pensativa de Edward. Ele olhava apenas para a cara interrogativa de Nessie, lendo sua mente.
-Não será necessário. Creio que como Demetri apareceu a Joham e o perseguiu, sua família deve estar ciente disso. Porém, também fico preocupado. Não sei se esse vampiro leva isso em consideração, se esse foi o mesmo que atacou as pessoas no Alaska.
-Olha, Nessie pode ficar em La Push. Mesmo que o bando não dê conta desse vampiro, mas lá ela não estará sozinha...-sugeri.
-Pela tarde, você Jake, levará ela então para La Push. Hoje mesmo providenciarei um afastamento na faculdade para cuidar desses assuntos. Onde esta Alice? Ah! Certo, está vindo. Bem, Bella e Alice podem ir sem sobressaltos hoje para a loja, e eu irei trabalhar, mas apartir de amanhã, teremos que ficar todos juntos.-abraçando Bella e Nessie, Edward disse, como se aquele abraço selasse um acordo, um juramento.
Fiquei só olhando até que Edward saiu, deixando Bella e Nessie aqui comigo. Ambas me olhavam, sem saber o que dizer.
-Bem, vou indo. Organizar as turmas da ronda, mas a tarde ficarei em La Push, esperando você!-falei, e fui saindo, elas vieram logo atrás de mim.
-Jacob, espere.-Bella disse, indo até o quarto, e Nessie a acompanhou. Fui até a sala e me sentei. Olhei para algo brilhante em baixo do sofá. Abaixei e peguei. Era um anel, o anel que eu tinha dado a Nessie, quando criança.
Suspirei, o que ele estaria fazendo aqui? Peguei e coloquei no bolso. Mais tarde perguntaria a Nessie por que estava no chão.
-Aqui está.-Bella me estendeu uma caixa, embrulhada em um papel prateado. Com cuidado, peguei a caixa da sua mão. Olhando em seus olhos, com movimentos lentos, fui rasgando o embrulho. Nessie sorria de excitação.
Era um celular. Balancei a cabeça, rindo. Era um iPhone da Apple preto, devia ser caro também.
-Hum, me colocando com tecnologia ein? Mas você sabe que nunca fui muito fã disso! Como vou carregar? Num bolso de pelo? Amarrado na minha pata dianteira? Não sei se isso vai funcionar...-relutei, sem abrir a caixa. Vi o celular por lá mesmo.
-Não pense assim Jake. É um bom meio de mantermos contato. Esqueceu que apenas Edward lê mentes? E sem o poder de Alice para nos guiar, bem, fica difícil agir. Fique com o celular. Edward insistiu muito para que eu insistisse para você ficar com ele.-Bella observou.
-Ok! Eu posso ficar com ele, só não sei se vai durar muito, sabe como é? Muita correria, muitas explosões de calças no ar.-sorri, sabendo que isso aconteceria muito cedo.
-Não há problema quanto a isso. Temos infinita variedade desses celulares!-Bella sorriu.
-Hum! Meu número já está aí, e o número de todos aqui!-Renesmee sorriu, sentando ao meu lado.
-Que bom! Mas me digam, já tem crédito? Comecei a trabalhar na oficina do Sam faz pouco tempo, ainda não deu pra entrar muita coisa sabe?
-Duzentos dólares dá pra você?-Bella disse como se falasse em dez dólares.
-Não, se eu liga para toda Seattle acho que é pouco!-brinquei, colocando o celular no bolso do short.
-Bem, devo ir agora... me arrumar para a escola!-Nessie disse, olhando no visor do seu celular.
-Que horas?-encarei seus olhos e ela desviou eles rapidamente, ficando vermelha.
-Sete e dez...-ela sussurrou de cabeça baixa.
-Alice deve estar me esperando. Bem Jake, boa sorte com o celular, e cuidado com esse vampiro, não deixe que os lobos se separem...-Bella aconselhou, deu um beijo na testa da filha, encarou ela com olhos apertados e se foi. Acho que tudo já tinha sido dito entre as duas.
Meu medo de perder Nessie começou a me apertar, por várias vezes a frase “Não vá pra escola, fique comigo na reserva” escorregou até minha língua, mas prendi ela para não falar.
Renesmee não abriria mão de ir a escola só por causa de um medo besta, até porque era seu segundo dia de aula. Não era justo. Segurei firme na sua mão, seus olhos miraram os meus com cuidado, ela mordeu seu lábio inferior e encostou sua testa na minha.
Beijei Nessie, como se não fosse mais ter a oportunidade de ficar com ela. A impressão me castigava, me fazia querer ficar ao lado dela, mas minhas obrigações de alfa eram mais que um dever, era parte de mim tudo aquilo, mais do que a impressão.
E no fundo eu sabia que ela iria ficar bem.
Levantei, ela me olhou, separei nossas mãos e fui andando sem virar pra trás, o dever me chamava, ultimamente eu tinha repetido muitas vezes aquilo pra mim mesmo, mas era a verdade, fazer o quê?
Fui em direção a floresta, tirei o short, amarrei com um folgado e imenso espaço, para caber a pata grande, e tremi, logo não sentia mais meu dedos, só o peso do corpo sobre as patas dianteiras. Sacudi os pelos vermelhos e saltei em direção ao caminho para La Push. Os garotos deviam estar me esperando.
“Onde você tava Jake? Pô! Esperamos a manhã toda!”
Ouvi, ainda distante, Jared reclamar, ele detestava acordar cedo, principalmente quando a noite tinha sido pesada.
“Foi mal a demora, assuntos particulares...”, pensei, ironicamente, e ouvi pensamentos se descontraindo e zombando, eram Embry e Seth.
“Onde está o Quil?”, perguntei já me aproximando da reserva.
“Dormindo...”, alguém pensou rindo.
“Como se desse pra dormir com um chamado alfa!”, Quil exclamou, com pensamentos lentos. Estava chegando ao estado de lobo agora.
Era muito bom esse tipo de comunicação, parecia um bate papo telepático. Poupava sessões presenciais. Mas por outro lado, e esse lado sempre ganhava, era a privacidade.
“Beijão ein?”, Quil zoava, e eu, apenas rosnava, desejando está perto dele para arrancar pedaços de seus pelos.
“Se acalme, chefe! Brincadeira!”
É, o humor do líder também era muito levado em conta pelos demais, isso era... recompensante!
Corri mais rápido e logo avistei a clareira onde os garotos estavam.
“Até que enfim!”, pensamentos muito positivos me receberam.
As caras daqueles lobos não estavam tão animadas.
“Qual é pessoal! Vejam pelo lado bom! Exercício pela manhã faz bem!”, brinquei, mas não ouvi ninguém achando graça.
“Ok! Vamos aos negócios! O sanguessuga atacou a casa de Edward ontem...”
“E eles estão bem?”, Seth saltou vindo para minha frente assustado. Seu rabo balançando loucamente.
“Sim Seth, controle esse seu nervosismo. Preciso de rondas matinais envolvendo desde o território dos Cullen até aqui.”, coloquei sobre a mesa minha ideia, esperando a rejeição.
“Certo, vamos nos dividir?”, sem nenhum pensamento revoltado, Jared perguntou calmo, se levantando e os demais repetiram seu movimento. Todos pressentiam o perigo.
“Não quero dividir, não sei o que aquele desgraçado está planejando...”
“O que ele queria na casa dos Cullen?”, preocupado, Seth perguntou.
“Parece que ele quer vingança. Os Cullens mataram um parente lá do cara e ele quer tirar a vida da Nessie em troca.”, com um enorme aperto no peito, falei.
“Esses sugadores de sangue não são nada originais!”, Quil resmungou.
“Mas os Cullens também se metem em tantas encrencas! Acaba sobrando pra gente...”, Jared pensou, lembrando dos tempos atrás, de Bella como humana.
“Certo, vamos deixar as lamentações de lado... mas espera um pouco! Onde está a Sarah? Que eu me lembre eu falei com todos, eu disse a todos a ordem...”
“Não me lembro de ter visto ela lá em casa pela manhã...” Seth pensou, em seus pensamentos era claro a visão do que ele fez essa manhã.
“Ei, dá pra não se lembrar de tudo!” Embry pensou alto, dando um empurrão no lobo ao seu lado.
“Foi mal. Mas não vi ela não!”
“Estranho. Mas devemos seguir, não temos muito tempo. Não quero duas equipes, não devem se separar, vamos cobrir grande terreno, e com rapidez, afinal não podemos deixar La Push na mão. E a caçada começa... agora!” uivei, e todos os garotos se dispuseram em posição de corrida.
Dei o impulso, sentindo meu corpo ferver. Queria encontrar esse sugador de sangue idiota e acabar de vez com tudo isso.
Corremos em direção as terras dos Cullen, não era um território extenso, tirando a cidade, mas o céu estava com poucas nuvens essa manhã, talvez o sol aparecesse assim ele não poderia aparecer a luz do sol.
Era meio dia, ou mais quando paramos no ponto inicial. Nessie deveria ter ainda mais duas ou três horas de aula ainda. Meu temperamento nunca foi dos mais pacientes. Resolvi correr até a casa dela para me certificar de que estaria tudo certo.
“A impressão!” Jared pensou, já se preparando para voltar a sua forma humana.
Não dei ouvidos, meu estômago roncava forte, mas eu não me importei, continuei correndo.
Mas uma sombra, quer dizer, uma flecha cinza me parou, alguém estava correndo entre as árvores, seu pelo sob a quase luz do sol era reconhecível. Sarah. Mas não ouvia seus pensamentos. Estranho.
Não me aproximei, mas ao ver que ela parou, a uns duzentos metros na minha frente, dei alguns passos, ela teria me visto?
Com certeza estava sentindo meu cheiro.
“Jake?”seu pensamento se voltou para mim, e algo em cima da árvore em sua frente simplesmente desapareceu. O vampiro?
“Onde?” rápida, ela se virou.
“Na sua frente, pensei ter visto ele na sua frente!” me aproximei com passos cautelosos.
“Não!”
Ela pensou rápido demais.
Só senti o cheiro do sangue suga assim que me virei, mas ele já tinha minas costas presas em suas mãos. Seu sorriso era de triunfo. Não reconheci aquele rosto, ele parecia novo, não mais do que uns vinte e cinco anos na época da mordida.
-Sarah, avise aos outros que fiquem na reserva, diga que o líder deles ordenou.
A voz de comando me fez congelar, eu estava com os olhos naquele sanguessuga nojento, que tinha suas mãos frias encostadas ao meu pelo.
A loba cinza consentiu com a cabeça e saiu dali, me deixando só.
“Sarah! Ela era aliada do vampiro?”
“Não pense mal de mim...” foram seus últimos pensamentos.
-Agora, grande alfa, vamos dar uma voltinha!-ele exclamou, me girando no ar.
Caí como um gato, sobre as patas, e avancei. Seu corpo permaneceu imóvel e depois disso ele pulou em uma árvore.
-Droga! O que deu errado?-ele olhou para suas mãos desesperadamente.
Deu errado? O quê? Me perguntei também. Mas só depois de tentar pular na árvore para derrubá-la é que vi ele se transportar e saquei. Ele não conseguiu me levar com ele. Será que isso era verdade?
Novamente senti suas mãos frias, e deixei que ele tentasse mais uma vez. Arriscado? Um pouco, mas eu não perderia a chance de testar seus poderes.
Nada aconteceu. Ele sumiu só, e não apareceu mais. Vigiei minhas costas, aguardei ainda, mas nada. Frustrado, o covarde deve ter amarelado e fugido.
Meu trabalho agora era encontrar a traidora! Capturá-la e fazer com que seu chefe viesse até nós. Mais rápido do que um raio, corri para a reserva de La Push, mas não encontrei ninguém por lá.
Sarah também havia sumido.

9 comentários:

  1. Eu nunca confiei nessa Sarah mesmo rs

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  2. eu tbm n--mas msmo assim,eu n pensei q ela poderia ser capaz de fazer iso!poxa,ela é um lobo afinal de contas....

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  3. Nossa q tenso!!!Agora eu fiquei chocada ñ acredito q ela é traidora,nossa isso tá ficando melhor do q eu pensava.

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  4. Isso tá começando a me empolgar, mt bom até agora. Pensei qe essa Sarah era a santa da história. vagabunda ela heiin

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  5. ameeeeeeeeeeeeeei. eu sabia que ela era uma vagaba de primeira

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  6. Que louca essa garota nossa nossa :o

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  7. EU ACHO Q ELA OS TRAIU POR UM BOM MOTIVO,PQ O ULTIMO PENSSAMENTO DELA FOI: NAO PENSE MAU DE MIM
    ENTAO TEVE UM MOTIVO

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  8. cara eu sempre odiei essa Sarah! força rensemee

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