sexta-feira, 4 de junho de 2010

CAPÍTULO 7

RENESMEE...


7.AMIGA

Meu lap top estava ligado ainda, a bateria daquela coisa parecia nunca esgotar. Levantei meio zonza, olhei para o meu quarto invadido pela luz e resolvi levantar, e foi o que fiz. Fui até o closet e coloquei a roupa mais pesada possível, afinal estava chovendo e o vento parecia estar frio lá fora. Se tinha uma coisa que tia Alice tinha me ensinado era disfarçar e me comportar como os humanos para passar despercebida por eles.
Uma blusa de lã preta me chamou atenção, tirei ela do cabide e vesti, por cima de uma regata de malha. Uma calça jeans antiga foi a única que encontrei no meio de muitas calças grossas e espalhafatosas.
Minha noite foi muito mal dormida, por sinal. Depois da minha discussão com Jacob, eu pensei bastante no que ele me disse, sobre eu não amar ele nem ele me amar como vampira. Isso era uma verdade dolorosa, não sei como, mais eu sentia isso, acho que menos do que ele, mas sentia. Era como se meu amor por Jacob parasse assim que meu coração parasse de bater. Estranho, mas real, e muito real.
Não chorei a noite toda, tentei pesquisar alguma lenda que me livrasse daquela sina, daquela maldição. Meu pai ainda tentou me ajudar, mas eu preferi que ele sofresse longe de mim. Ele odiava, igual ou mais que Jacob o fato de eu me tornar algo como ele, uma vampira completa.
Minha mãe dizia que era por causa da alma, meu avô dizia que era por causa do meu futuro e felicidade com Jacob e tia Alice só se queixava de não poder ver através de mim. Cada um citava um fato, mas ninguém me ajudava realmente.
-Filha...-meu pai apareceu na porta, já com o disfarce costumeiro, para ir trabalhar.
-Bom dia, pai! Eu já estou melhor...-falei, assim que recebi seu beijo frio na minha testa quente.
-Acho melhor você ir procurar o Jake, lembre-se que não foi nada amável o jeito como você deixou ele...-ele disse, começando a me lembrar do meu domingo sôfrego.
-Isso mesmo!- minha mãe disse, chegando no quarto e me abraçando. Pronto! O casal perfeito tinha se juntado para me ajudar!
-Não brinque, Nessie! Você não conhece o Jacob Black melhor do que eu e sua mãe juntos...-meu pai assoviou depois de ouvir meus pensamentos.
-Com certeza ele deve estar com o orgulho na frente, acho que ele não vai vir te procurar, não depois do que você fez...-minha mãe completou.
-Ok! Eu vou sim atrás do Jake. Vocês sabem por que eu deixei ele daquela maneira... eu estava odiando tanto a mim mesmo que achei melhor fugir a machucar Jake de novo!-falei, sentando na escrivaninha e desligando o computador.
-Olha, eu e sua mãe estamos indo pra nossos passatempos...-ele pausou quando minha mãe o cotovelou, deu uma risadinha e suspirou- Certo, para os nossos “trabalhos”, converse com Jake e não fique aqui sozinha em casa!-ele finalizou indo na direção da porta, junto com minha mãe.
-E não se esqueça... semana que vem começa a diversão... O colegial!-um pouco entusiasmada, minha mãe falou. Ela sempre se animava com a ideia de eu poder passar pelo colegial e experimentar minha vida como humana. Meu pai era a favor dessas experiências também, mas ele sempre se rendia a sua condição vampira.
-Tenha um bom dia, meu bem!-meu pai e minha mãe se foram.
É, colegial humano na próxima semana, isso seria ótimo! As coisas estavam mudando hoje, espero que essa maré de sorte me ajude com Jake.
Saí de casa disposta a achar ele em La Push, mas por um cheiro humano, hesitei e voltei para floresta perto da cidade, foi quando ouvi a voz de um garotinho...
-Andie! ANDIE! Onde você está? Quando eu te encontrar você vai ficar encrencada! Andie!-ele gritava, parecia perdido no meio das árvores.
A fina chuva deixou seus cabelos loiros parecendo marrons, ele estava tremendo e parecia um tipinho irritante. Não sei por quê. Se pelo convívio, mas eu não era muito fã de crianças humanas, elas eram hostis demais e falavam sempre a coisa errada, pelo menos na TV.
-Olá...-tentei ser amigável, mas acho que assustei o pequeno garoto, que arregalou seus olhos azuis e se encolheu, recuando de perto de mim.
-Quem é você?-ele perguntou, ainda assustado.
-Sou Nessie e você?-estendi minha mão, mas ele não pareceu querer pegá-la.
-Meu nome é John... você mora onde?-ainda longe de mim ele perguntou.
-Aqui perto.-falei, revirando os olhos- Você parece perdido... posso te ajudar?-ofereci, ainda amigável.
-Só pareço, mas na verdade não estou. Eu estava procurando minha irmã...
-Andie?-perguntei inocente.
-Como você sabe o nome dela?-com um salto pra trás, o garoto gritou.
-Own... sim... é que ouvi você gritando, então imaginei que esse fosse o nome da sua irmã. Não é?-falei, me aproximando do garoto que só fazia perguntas.
-É, nessa você se saiu bem...-cruzando os braços, o desconfiado John, começou a andar e na direção errada. Eu já tinha sentido o cheiro de outro humano por ali e devia ser da sua irmã.
-John... pra que lado fica seu acampamento?-perguntei, tentando detê-lo.
-Pra lá.-ele apontou para o norte.
-Bem, acho que sua irmã deve ter ido até o rio mais próximo encher uns cantis, você não acha?-casualmente, perguntei.
O garoto parou, olhou para mim desconfiado e suspirou.
-Onde fica o rio?-ele disse, se aproximando de mim.
-Para o sul.-falei, sem apontar, olhando penetrante nos seus olhos azuis.
-E onde fica o sul?-debochando, ele me encarou.
-Oh, sim! O sul é pra lá.-apontei na direção contrária a do acampamento dos dois.
O garoto deu as costas pra mim e começou a andar desesperado. Ele parecia com medo ou nervoso. Então ouvi ao longe uma voz feminina gritar o nome dele, John não ouviu, ela estava longe, saindo do rio na direção do acampamento, e não estava indo pelo mesmo caminho que nós.
Como explicar isso ao desconfiado garotinho? Esse era o ponto chave da questão dos poderes de vampiro, sem poder revelá-los ficava difícil ajudar os desconfiados humanos.
Resolvi então ir com John até o rio e chegando lá, sem ver a irmã, eu convenceria John a voltar comigo para o acampamento onde sua irmã já deveria ter chegado.
-Não vejo ninguém...-o menino disse, assim que chegamos no leito do rio.
-Então ela já deve ter voltado.-inocentemente falei, disfarçando a certeza da minha voz.
-Você está me enrolando!-ele disse, me encarando com um ameaçador olhar frio.
-Oh, sim! Eu sou a bruxa má, que pega pestinhas como você e joga em um enorme caldeirão para fazer sopa!-brinquei, suspendendo os braços sobre sua cabeça e chacoalhando-os.
-Não seja idiota! Não tenho medo de bruxas más! Isso não existe! Tenho medo dos lobos que sei que essa floresta tem. Então, se você não quer ser devorada por eles, vamos logo achar a Andie e voltar pra casa, seja lá onde for a sua.-ele disse, dando meia volta. Aquele menino já estava me irritando.
Fui atrás dele, que quase corria no meio da floresta, tropeçando nos arbustos e escorregando nos musgos.
-John! John seu peste! Cadê você? Tomara que os lobos te encontrem! John!-era a irmã dele, que já estava vindo na nossa direção. Que ótimo, assim eu poderia seguir o meu caminho.
-Ah! Graças a Deus!-ela disse, vendo o irmão de longe.
-Andie, sua grande abandonadora de irmãozinhos, você está encrencada!-ele ameaçou, colocando um dedo na frente da alta irmã.
-Por quê? Afinal, você foi quem sumiu... eu só fui encher o cantil no rio e esperava que você estivesse lá quando eu voltasse. Eu esqueci que meu irmão é um delinquente e...-agora a loira garota me olhou de cima a baixo, percebendo minha presença. John também me encarou, com um ar de “Como é que você acertou?”, eu só baixei os olhos, para não encontrar os olhos azuis penetrantes da garota.
-Oh! Olá! Sou Andie Silverstone! Você é?-Andie veio na minha direção com a mão coberta por uma luva azul marinho estendida.
-Prazer, Renesmee Cullen!-fracamente falei. Era estranho pronunciar meu sobrenome, ainda mais em apresentações. Meu pai e meus tios sempre me disseram o espanto que esse sobrenome causava nas pessoas.
Mas Andie pareceu não se incomodar, abriu um enorme sorriso.
-Obrigada por achar a praga do meu irmão, ainda que eu preferisse a minha vida sem ele, mas meus pais iriam me matar se algo acontecesse a ele, então obrigada!-ela disse nervosa, assim que soltei sua mão.
-Oh! De nada! Eu só estava passando e ouvi seu irmão gritando, aí resolvi parar e ajudar...-eu falei, reparando nas suas roupas, muitos mais pesadas que as minhas. Ela usava um quente e grosso casaco, que parecia inflável, era de coton ou algo sintético, rosa e azul. Sua calça jeans era apertada e ela usava botas de neve com uns pelos grudado no cano, estilo esquimó...
Eu não entendia de moda, mas tenho certeza que tia Alice a mataria se visse aquele modelito desajeitado.
-Venha comigo, eu já estou desarmando meu acampamento...-ela disse e começou a andar.
-Oh, me desculpe mas...-eu comecei a dizer, porque eu ainda tinha que ver Jake.
-Por favor!-ela pediu e algo em mim resolveu ir com ela. Andie parecia ser uma ótima companhia e além do mais ela era minha primeira amiga humana, ou iria ser, dependeria de mim.
-Tá bem. Mas tem que ser rápido!-eu disse, seguindo-a, e pude perceber que sua excitação foi enorme.
Quando cheguei na pequena clareira, vi uma tenda com rastros de fogueira no chão. A sorte dela foi que a noite passada não choveu, uma raridade nas noites geladas de Forks. Andie começou a desarmar a tenda e John sentou-se longe dela, só olhando ela fazer todo o trabalho. Realmente, os lobos deveriam jantar aquele garoto.
-Então... você mora aqui perto?-Andie perguntou, sem me olhar, fazendo seu trabalho. Eu estava a alguns passos dela.
-Sim, minha casa fica a algumas milhas daqui.-eu disse, olhando ao redor.
-Você é filha do doutor Carlisle Cullen?-ela parou de desarmar e me encarou.
-Oh, não! Eu sou neta dele... sou filha de Edward Cullen e Bella Swan...
-Você é neta do chefe de polícia?-ela arregalou ainda mais os seus enormes olhos azuis.
-Sou sim...-eu disse, desviando o olhar e mirando John que me olhava desconfiado como sempre.
-Mas sua mãe não parece tão velha assim... você te quantos anos?-ela perguntou me olhando de cima a baixo.
-Tenho quinze e realmente, meus pais são jovens... É que eu sou adotada...-eu menti, vendo a expressão de espanto se transformar em uma cara de monotonia.
-Só podia ser! Aquela família esquisita parece não ter nenhum parente de sangue... são sempre adotados!-John disse, revirando os olhos.
-Cala a boca, pirralho! Desculpe o meu irmão... ela faz parte do clubinho da cidade que acha vocês estranhos.-ela falou, olhando para o chão envergonhada.
-Estranhos? Eles são mais que isso! Pra mim eles são bizarros... misteriosos...e...
-Abre de novo essa boca e eu te quebro a cara!-Andie ameaçou, chegando perto de John com uma mão erguida.
-Você só está assim porque acha eles super legais... ignora as coisas que dizem sobre eles...-John começou a dizer, mas parou quando eu o encarei, interrogativa.
-E o que dizem, John? Continue.-eu pedi, desafiadora.
-Dizem que vocês são traficantes ou algo assim, que nunca ficam pobres por que vivem viajando e contrabandeando coisas, por isso são tão estranhos. Pronto falei!-ele disse, se encolhendo do tapa que Andie formou para dar nele.
-Não bata nele, Andie. Não vale a pena. Ele apenas está dizendo o que acredita. Olhe, John, eu tenho cara de criminosa?-perguntei me aproximando dele.
-Criminoso não tem cara, ele é criminoso e ponto final!-irritante, John ironizou.
-Oh, certo, então da próxima vez que nós formos dar um golpe em alguém, vou te chamar!-eu brinquei, piscando pra Andie que sorriu e voltou a desarmar a barraca.
-Eu disse que vocês eram traficantes e não golpistas. É diferente.-ele cruzou os braços com raiva. Pelo visto ele gostava de zoar, mas não de ser zoado.
-Tá bem. Acho que alguém anda assistindo TV demais...-eu atirei, indo para o lado de Andie.
-Vão pro inferno!-ele disse, chutando um pedaço de árvore na sua frente.
-Ei, quer ajuda aí?-ofereci, vendo o trabalho de Andie não evoluir muito.
-É claro! Essa droga parece ter vontade própria.-ela disse, deixando uma parte da lona no chão.
-Ok.-falei e comecei a tirar as varas da armação da barraca do chão e retirando a lona que estava envolta neles. Finalmente dobrei a lona e dei a Andie que me olhava admirada.
-Nossa!-ela disse, colocando a lona na mochila.
-É que costumo acampar com a minha família.-falei, sorrindo sem graça.
-É claro...-ironicamente John falou e revirou os olhos azuis.
-Então, vamos?-Andie disse, colocando a mochila nas costas- John, me ajude aqui com essas mochilas...-ela disse, apontando para duas mochilas que pareciam leves.
-Oh, eu estou fora! Você leva! Você só está com uma! Porque eu tenho que levar duas?-ele disse, pegando a menor.
-Que droga, John, não seja idiota! Essa aqui está com a barraca, está muito pesada para eu levar duas!-Andie disse, impaciente.
Eu não fazia ideia de como as crianças poderiam ser tão irritantes. Aquele garoto que parecia ter menos de oito anos era o que havia de pior em uma criança.
-Não vou levar!-ele disse, começando a caminhar só com uma mala.
-Ok, eu levo a outra!-eu me ofereci, sabendo que ficaria mais atrasada para encontrar com Jacob.
-Não Renesmee! Ele leva!-Andie gritou para o irmão que deu língua e continuou andando.
-Deixe, eu posso ir até sua casa, mas tenho que voltar antes da hora do almoço.-adverti, andando. Não que realmente meus pais se importassem, mas era por causa da comida humana, algo que eu, definitivamente, não experimentava.
-Tudo bem.-ela sorriu e começamos a andar em direção a um estreito caminho que levava a cidade.
-Então, você estuda fora, não é?-ela perguntou, sem olhar para trás.
-Na verdade eu estudei em casa esse tempo todo, só vou cursar o colegial aqui em Forks.-falei,olhando a enorme mochila que cobria Andie.
-Isso é legal? Quer dizer, o colégio aceita estudantes residenciais?-ela parou e se virou para me olhar.
-Não sei, eu nem sabia que existia esse termo para uma escola em casa.-brinquei e ela sorriu.
-Mas se você vai estudar é porque eles te aceitaram, então deve valer. Você vai começar o colegial, certo?
-Sim.
-Que bom, eu também!-seu sorriso estava enorme, e ela andava de lado, para poder ver minhas expressões.
Continuamos por um estreito caminho entre as árvores cheias de musgo da gélida floresta, até entrarmos em um caminho mais amplo, dava pra entrar com um carro ali.
-Liga pro papai! Pra ele vir pegar a gente na estrada!-John falou, arfando, com a pequena mochila nas costas.
-O papai disse que a gente voltaria a pé, então cala essa boca e anda mais rápido!-calmamente, Andie falou.
Mais na frente avistamos a estrada, era na entrada de Forks. Eu estava um pouco chateada por estar andando tão devagar, era difícil me acostumar com aquilo, mas seria bom minha convivência com Andie. Uma pessoa só seria melhor do que centenas de adolescentes para ver algum deslize meu.
Uma prova do meu instinto assassino que não estava tão aguçado era o fato de minha garganta não incomodar tanto perto de humanos. Se eu contasse pro meu pai ele não acreditaria tanto em meu auto controle.
Acho que a convivência com sangue só de animais campestres me fez perder o apetite por sangue humano, mas a dor chata na garganta ainda ficava lá, acho que se eu deixasse ela me controlar, acabaria ferrando tudo. O cheiro doce fazia cócegas na minha garganta, e a cada passo que Andie dava e o que o vento levantava seus loiros cabelos, seus cheiro ficava mais forte e atraente, mas eu não ligava para isso, de vez em quando, minha mente trabalhava no cheiro e a eu parava de ouvir a voz de Andie, só para me perder no seu cheiro.
-Renesmee, você tem que ir mesmo na hora do almoço?-ela parecia desanimada enquanto caminhávamos em direção a uma grande casa branca, com um jardim em volta. Acho que Andie tinha condições, e muito boas por sinal.
-É, meus pais não gostam quando eu me atraso, então...-eu tentei convencê-la com a minha melhor atuação, isso era fácil quando se era um vampiro, convencer as pessoas ou seduzi-las.
-Está bem, é que já é quase meio dia, então você terá que ir praticamente agora...-estávamos parados, os três, em frente do jardim da casa de Andie.
-Olha, eu prometo que não vamos ficar sem nos ver.-falei, entrando no gramado- Afinal as aulas vão começar semana que vem!-tentei fazer uma cara animada.
-Isso mesmo! Vai ser ótimo!
Andie foi andando e eu parei, logo uma mulher meio loira de uns aparentes 35 anos apareceu na porta e John a abraçou e entregou a mala. Andie acenou assim que se aproximou da mulher.
Meu primeiro contato com humanos estranhos. Foi bom, comparado com Charlie e Sue que eu via com freqüência e com o lobisomem que eu beijava sempre.
Assim teria que ser meu comportamento no colégio secundário de Forks, Washington.
Jake! Merda! Acabei esquecendo... ele me perdoaria? O que estaria fazendo? Mas eu não marquei hora com ele, então...
Será que ele estaria na casa de Rachel? Ah! Tantas dúvidas! Eu queria encarar todas, mas respirei fundo, e como uma covarde, voltei para casa. A essa hora alguém estaria em casa. Corri rapidamente pela floresta até chegar nos fundos da minha casa de lá, o vazio não deixava rastros... não tinha estado ninguém ali. Mas havia gente na casa de Carlisle.
Andei na direção da grande casa, e quando entrei dei de cara com tio Emmett e uma mala, logo tia Rosalie desceu as escadas com outra. Iam viajar de novo.
-Não acredito que vão viajar antes de me ver entrar no colegial!-eu disse, indo abraçar tia Rosalie.
-Bom dia querida. Oh, sinto dizer, mas vamos ter que fazer isso!-ela disse, caminhando comigo na direção da garagem, tio Emmett ia na frente.
-Eu estou arrasado! Sinceramente, estou indo só por causa de Rosalie. Perder você entrando no colegial e atacando estudantes é quase o mesmo de perder Bella arrumando confusão com vampiros quando era humana.-decepcionado, tio Emmett suspirou, colocando a mala dentro do porta malas do conversível de tia Rosalie, que agora estava prata e com um modelo mais avançado.
-Não se preocupe, querido! New York é ali pertinho, vamos rápido e voltamos. Não podemos perder as reservas nesse hotel, lembra? E você prometeu, então... tenho certeza de que Nessie guardará na memória as cenas da sua entrada triunfal na vida escolar.-sorridente, ela deu a volta e foi em direção a porta da direita.
-Oh! Ela tem o dom mais talentoso de todos! Tchau, ruivinha!-ele me beijou no topo da minha cabeça e entrou no carro. Eles iam fazer falta, mas era no máximo uma semana, sempre era assim. Tia Rosalie marcava reservas e eles partiam, acho que eles já deviam estar na milionésima viagem de núpcias!
Olhei a garagem sem nenhuma alma viva e olhei a moto prata estacionada na minha frente. Ir ou não de moto? Não, ele podia estar dentro da floresta e não dava pra entrar lá dentro.
Saí da garagem em direção a floresta, não havia sinal de que alguém da minha ilustre família estivesse voltando pra casa. Até tio Jasper servia pra me dar um conselho... mas nem mesmo ele estava por perto.
Caminhei devagar, pensando em muitas palavras e quando dei por mim, já estava dentro dos limites das terras dos frios. Entrei nas terras Quileutes e farejei em volta, não havia rastro fresco de lobisomem, Jacob e seu bando estavam repousando o “sono dos justos”.
Corri, sem muita pressa e parei indecisa na frente da casa de Rachel, e quando eu ia abrindo a porta, Rachel abriu primeiro, tomando um susto com minha presença.
-Oh! Nessie! Me desculpe!-ela disse, saindo, Paul estava atrás dela.
-Não se desculpe! Era pra mim ter batido. Desculpe a mim!-falei meio envergonhada, sem coragem pra entrar.
-Jacob está aí dormindo.-Paul sorriu descaradamente.
-Meu bem! Não seja indiscreto!-Rachel sorriu vermelha e deu um leve tapa no braço de Paul- É Nessie, ele está deitado, mas já está na hora de acordá-lo, então, faça esse pequeno favor.-Rachel fechou a boca e Paul a puxou para abraçá-la e começaram a andar juntos, muito lindo, a impressão parecia ser demais.
-E diga a ele que estaremos de volta antes da hora do jantar!-Rachel gritou, já dentro de um Fiat Savero, parecia usado, mas em bom estado de conservação.
Olhei até quando eles pegaram a estrada em direção a Forks.
Entrei na casa, um silencio, mas o cheiro de Jacob invadia todos os cantos. Fui direto para o seu apertado quarto e lá estava ele, com a barriga pra cima, roncando alto, boca aberta, sono pesado. Será que vampiros tinham impressão? Acho que não, mas naquele momento, achei que estava tendo um surto de impressão, porque para mim, a criatura mais linda estava na minha frente.
Devagar e sentindo seu cheiro cada vez mais forte, fui cegando perto de sua cama, me ajoelhei e coloquei os cotovelos na beirada e sustentei meu rosto com as mãos. Fiquei admirando aquela barriga sarada, aquela cor bronzeada, aquele cabelo liso e preto brilhante...
Suspirei e senti um sono também, Jacob dormia tão convincente que não resisti e tentei me deitar ao seu lado. Mas a cama era de solteiro, e como Jake era enorme, com certeza não cabia duas pessoas ali.
-Nessie?-ele disse, quando eu levantei e dei as costas para ir embora do quarto.
-Oi dorminhoco! Não acorda não! Eu sei que você está cansado então... só passei pra saber como você estava...-eu comecei a gaguejar e falar rápido. Jacob percebeu meu nervosismo e deitou com força na cama, deixando sua cabeça bater no travesseiro, o que fez a cama ranger.
-Vem cá...-só com uma mão ele chamou, sem ao menos erguer a cabeça para me olhar.
Me aproximei calada e olhei para sua cara, seus olhos sonolentos.
-Senta aqui...-ele deu um tapinha na beirada da cama. Eu obedeci, sentei e continuei olhando aqueles olhos negros, quebrados de sono.
Jacob me puxou para cima do seu corpo assim que eu sentei do seu lado.
-Me desculpa...-eu sussurrei, entre os músculos do seu tórax.
Senti seus dedos em meus cabelos, afagando minha cabeça, sem responder ao meu pedido, sufoquei. Ele tinha o direito de não me desculpar, afinal eu agi como uma idiota.
-Jake, eu sei que o que eu fiz não foi certo, eu não queria ter te deixado e...-comecei a dizer sentando na cama e ele também se ergueu, colocou o dedo indicador entre meus lábios e me olhou nos olhos.
-Mesmo que eu quisesse não perdoar você, não conseguiria!-ele disse, me encarando.
-É, o negócio da impressão, eu sei...-falei meio sem jeito, olhando para o chão.
-Não é só isso, Nessie! Eu te perdoaria porque... eu te amo, minha vampirinha!-ele sussurrou a um centímetro do meu rosto.
Logo eu me arrepiei com seu hálito quente, suas mãos foram até minha nuca me prendendo em um desesperado beijo de perdão. Eu estava sedenta por aquele momento, tanto que fui eu a que mais procurava seus lábios incessantemente.
-Eu também te amo, meu lobo bobo!-tomei ar e falei, antes de ligar meus lábios aos seus novamente.
Ao fim, Jake nos separou e sorriu, aquele devastador sorriso, que me deixou sem ar. Talvez eu também sofresse de impressão...
-Mas afinal, o que diabos te deu pra fugir daquele jeito?-ele perguntou, sem me olhar nos olhos.
-Eh...Nem eu mesma sei! Fiquei revoltada com minha condição, achei que fugindo de você a dor da realidade também me deixaria em paz...-falei e senti seus dedos tocarem meu queixo, erguendo meu rosto para nossos olhos se encontrarem.
-Que realidade?-olhos negros me interrogaram.
-A que você falou... de eu não amar você e nem você me amar! Essa realidade é destrutiva pra mim, é fatal, sabe! É como a dor da impressão pra você, mas ela me deixa sem chão, nervosa, doente... Jake, passei o resto daquele dia tentando encontrar uma forma de me livrar da minha futura condição. Desesperada por livros, lendas e até feitiços, eu busquei, tendo a ajuda de meu pai e de meu avô. Mas eu não queria envolver ninguém, doía ter que me convencer da minha futura sina, mas doía muito mais ver meu pai sofrer por mim, Jake, ele não tem lágrimas e isso faz com que as minhas dobrem!
Como uma enxurrada, minhas palavras o arrastaram para fora do seu mundo e o trouxeram para o meu, meu sofrido mundo. O choque da minha revelação, do meu sofrimento fez seus olhos se estreitarem, e uma cara de tristeza nascer da sua face de sol radiante.
-Mas, Jake, eu não quero ver mais ninguém sofrendo por minha causa, ouviu! Me prometa, Jake, me prometa que se você deixar de gostar de mim vai continuar seu trabalho?!-supliquei, agarrada em seu rosto, forçando seus olhos negros e decepcionados a encontrar os meus, que agora estavam cheios de lágrimas. Aquele assunto me torturava, mas era preciso lidar com ele.
-Olha, Nessie, não vamos falar nisso agora, por favor...-seus olhos comprimidos suplicaram aos meus olhos desesperados.
-Não Jake, eu quero saber agora! Alivie meu condenado coração, por favor!-minhas mãos foram para sua bochecha quente e logo sua mão estava sobre a minha, com a cabeça baixa ele pensou. Então mostrei-lhe nossos dias juntos, nossas brigas e o momento mais difícil pra mim e talvez para ele, o nosso ódio um pelo outro. Não Jacob e Renesmee, mas o lobisomem e a vampira.
-Chega, Nessie, chega tá! Por favor! Já não basta eu ter que te perder? Não quero que você pense mais nisso tão pouco fique me mostrando!-ele tirou a minha mão com cuidado da sua bochecha e com o mesmo cuidado me olhou profundamente nos olhos, os meus estavam embaçados, lágrimas desciam sem parar. Foi quando senti dedos ferventes retirarem as lágrimas da frente e lábios macios tocarem em minha boca, em uma torrente de emoções.
Minha cabeça rodou, Jake me abraçou forte, abraço de urso, como minha mãe costumava dizer, e o beijo se perdeu em seu longo suspiro.
-O que foi?-perguntei, quando o vi levantar.
-Isso aqui tá muito chato, muito deprimido. Vou tomar banho, por que daqui a pouco escurece e deveres de Alfa me chamam!-Jake se levantou e andou até a porta. Eu fiquei sentada olhando seu quarto bagunçado. Rachel devia se matar todo dia limpando aquilo. Eu ri só de lembrar da cara dela limpando.
-Tá rindo de quê?-Jake voltou e me levantou. Me olhou nos olhos e eu sufoquei.
-De nada... não quero mais deprimir você, então vou rir!-falei, parecendo gente bipolar, que as vezes está tristes e na mesma hora feliz.
Jake olhou em meus olhos e colocou a mão em minha nuca, me trazendo ao encontro de sua boca para um devastador beijo. Devastador até demais...
-Ai... -ele sussurrou, separando nossos lábios.
Só então senti o gosto de sangue invadir meu paladar, minha garganta se inflamou, sangue humano era como um fósforo aceso na garganta molhada de gasolina de um vampiro. Logo minha boca começou a salivar, saliva que queimava a garganta e Jacob se afastou com os dedos molhados de sangue, suculento sangue... Meu Deus o que eu estava fazendo! Que pensamentos eram aqueles?
Mas Jake tinha um sabor fenomenal... Eu queria beijar sua boca como nunca... Sem querer, perdendo cada vez mais a razão, para os instintos, fui me aproximando, olhando fixamente para aquela suculenta boca cheia de sangue quente e pulsante...
-O que esta fazendo Nessie?- eu ouvi antes de por minhas mãos em seu rosto quente. A pulsação em seu pescoço também me chamou a atenção.
-Nessie! Pare agora!Isso não é legal...-Jacob, com uma voz nervosa falou, quando nossos rostos quase colocando.
Minha garganta ardeu e por um leve segundo a dor me fez parar e recobrar a razão. O cheiro era implacável e como eu precisava de oxigênio, bem, tinha que respirar aquela tentação.
- Renesmee, você esta tentando me morder?-olhos negros me fitaram quando, sem perceber, minha boca estava no seu pescoço.
- Ã?-perguntei um pouco perturbada. O que eu estava fazendo? Droga tudo errado como sempre.- Oh! Jake... Eu sinto muito, eu perdi o controle e...
-Tudo bem! Namorar uma vampira tem seus riscos...
-Meio vampira!-ri sem graça. Ele revirou os olhos.
-Que seja! Vou tomar banho, me livrar desse sangue.-com um beijo na testa, Jake saiu do quarto e me deixou só. Lá fora relâmpagos começavam a iluminar o céu nublado. Iria chover, que novidade...
Deitei na cama de Jacob e olhei para as madeiras do teto. Comecei a enxergar um futuro sem Jacob, vazio e sem graça, uma vida escura, só com sangue e nada mais. Aquilo não era vida, Jacob era minha vida agora, ou parte dela.
Que saída eu teria pra escapar dessa sina, desse futuro obscuro? A morte? Não! Muito Bella e Edward. E também eu não desapontaria os dois desse modo.
Agora o silêncio do quarto foi cortado por um forte trovão que me fez estremecer. A luz piscou e eu imediatamente sentei na cama, olhando fixamente para a porta. Jake a abriu, com os cabelos molhados e o corpo encharcado de um perfume característico de sabonete e de seu cheiro costumeiro de amadeirado.
-Parece que hoje teremos tempestade. Isso é mal!-Jake balançou a cabeça desapontado, vindo na minha direção.
Levantei uma sobrancelha, interrompendo-o. Ele olhou pela janela, um relâmpago clareou o quarto e logo um trovão cortou o silencio.
-É ruim correr na chuva, sem contar que meu pelo fica pesado... Ai, ai! Mais temos que fazer o nosso trabalho.
Sorrindo, ele se aproximou seu rosto do meu, quando nossas bocas se encontraram a porta abriu e nós nos separamos de imediato.
-Eh... não acham melhor virem pra sala? Afinal não é correto um rapaz e uma garota ficarem sós em um quarto.-Rachel disse sorrindo docemente. Olhei para a cara furiosa de Jacob e sorri.
-Rachel, porque você não vai...
-Estamos indo, Rachel. Não é Jake?-dei uma cotovelada em suas costelas, para contê-lo.
-Ok... certo!-rosnando, Jake levantou e eu fui com ele, de mãos dadas até a sala onde Paul assistia TV.
-Nessie! Jacob já te contou a novidade?-com um misterioso sorriso, Paul atirou. Rachel sentou ao seu lado, parecia envergonhada.
Encarei Jacob que revirou os olhos.
-É que Rachel está grávida...-Jake lentamente falou, sem me olhar nos olhos.
-E você vai ser titia! Não é um máximo?-empolgado, Paul falou, pulando no sofá.
-Não fale assim, Paul! Vai deixar a Nessie constrangida.-Rachel disse assim que eu lhe sorri sem graça.
-Isso é maravilhoso, Rachel! Parabéns! Titia, hum? Que ótimo! Acho que é melhor do que ter um irmão!-falei me lembrando de Andie e o pestinha do John.
-Oh! É muito melhor!-Jake sorriu olhando para Rachel que fez uma careta.
-Tá ficando tarde. Acho melhor eu ir andando.-falei, olhando para a cara de Jacob que suspirou.
-Você não quer jantar primeiro?-Rachel perguntou quando íamos até a porta.
-Não, quando eu voltar como alguma coisa.-ele respondeu, já saindo.
Do lado de fora o vento estava forte, logo era trazido do oceano e vinha com um cheiro de mar, deixando a chuva com mais cara de tempestade.
-Vamos.-apertando minha mão, Jake começou a andar em direção a floresta. Começava a chover, então começamos a correr, mas não deu tempo de alcançarmos minha casa antes da tempestade desabar.
Em baixo de uma árvore antiga, nós dois paramos ofegantes, Jake rindo sem parar. O vento frio bateu em mim, mas logo senti o calor abraçar meu corpo. Jacob me encostou no tronco, alisando meus cabelos molhados. Sua respiração quente varria meu rosto, seu toque quente me arrepiava dos fios do cabelo aos dedos do pé.
Nas sombras da árvore, apenas a luz do relâmpago me mostrava seu rosto. Estremeci quando seus dedos tocaram minha nuca, ele sorriu no meu ouvido e repousou a cabeça no meu ombro. Suas mãos desceram até minha cintura quando as minha subiram até seus grossos e musculosos ombros.
Senti a malha da sua blusa molhada e os pingos que caiam do seu cabelo negro escorriam pela minha mão até o cotovelo. Encostei minha cabeça no seu tórax escutando as batidas rápidas do seu coração. Senti seu toque quente em meu queixo, erguendo meu rosto até ficar de frente para o seu, ou pelo menos encarando o seu.
Lábios febris e macios tocaram os meus. Minhas pernas tremeram, meu coração começou com seu ritmo tresloucado. Ondas de arrepios me sacudiram, enquanto seus lábios suaves se comprimiam aos meus.
Na floresta apenas o som forte as chuva com seus trovões barulhentos e luminosos relâmpagos. Agora minha respiração fazia barulho também, nossas bocas haviam se separado.
-Então você vai estuda mesmo aqui em Forks?-sua pergunta foi baixa e suave, quase um sopro no meu ouvido.
-Oh! A escola? Ah! Sim... quer dizer, vou sim estudar aqui.-desajeitada, engasguei até conseguir falar, meu coração ainda estava aos pulos.
-Era o que você queria...
-Com certeza! Quero ter experiências com a minha parte humana. É importante pra mim, sabe...-tentei encarar seu rosto na escuridão, mas foi em sua voz que senti a preocupação.
-Não acho essa exposição segura...-Jake começou a falar, alisando de leve minha bochecha.
-Não se preocupe, estou me controlando como nunca estive antes.-senti seus dedos pararem no meio do meu rosto e acho que seus olhos me encaravam, reprovativos.- Tenho como provar o que digo. Hoje... Ah! Melhor eu te mostrar!
Toquei sua face fervente e me arrepiei imediatamente. Mas me controlei e me concentrei em reproduzir minhas lembranças.
-Mas a queimação ainda está lá...-reprovativo, Jake me repreendeu assim que lhe mostrei meu encontro com Andie na floresta.
-É claro que está! Vampiros tem isso por sangue humano.
-E por sangue de lobisomem...-ele me interrompeu indiscretamente, lembrando do acontecido em sua casa.
-É, sendo sangue... Mas o que quero explicar é que posso me controlar perto de seres humanos com suculento sangue correndo em baixo da sua pele macia.
-Ãn?!-ele exclamou, surpreso com minha confissão de fraqueza que era pra ser uma mostra do meu alto controle.
A chuva finalmente tinha cessado, minha deixa. Tempestades costumavam ser barulhenta e fortes, mas também eram rápidas.
-Ok! Podemos ir agora?-falei como quem não quer nada.
-Certo. Vamos lá.-segurando firme em minha mão, começamos a correr rápido pela floresta molhada.
Em poucos minutos estávamos na porta da minha casa, havia luzes acesas, meu pai corrigindo avaliações e minha mãe com tia Alice na sala arrumando umas roupas.
-Hora de entrar. Boa...
Fortes braços me envolveram, e logo minha boca estava junto a dele. Meu coração estava a ponto de um colapso de tão rápido que estavam as batidas.
-...Noite!-completei assim que me recuperei do sufocante beijo.
-Boa noite.
E lá se foi meu Jacob, sumindo entre as sombras da floresta.
-Que cheiro de cachorro molhado! Nessie, você precisa de um banho. Urgente!-tia Alice atirou assim que eu entrei. Seu nariz encolhido, muito engraçado.
-Boa noite mãe, tia Alice...-cumprimentei, passando direto até meu quarto.
Parei na frente da porta e resolvi ir até o escritório do meu pai, que já estava com os pés em cima da mesa. Professores com memórias fotográficas tem essa vantagem, corrigir provas tendo os gabaritos muito bem memorizados.
-Boa noite, pai.-dei um beijo em sua gelada bochecha.
-Uh... Cheiro de lobo molhado...-meu pai acusou, de nariz retorcido.
-Ok! Já fui tomar banho!
Assim que terminei, que deitei na cama, suspirei. Em uma semana começariam as aulas.

2 comentários:

  1. perfeito!
    qria q produzizem o filme! ia ser mais q perfeito!
    e q lindo renesmee chamando bella e edward de mamae e papai!

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  2. Gente queria saber quando alec entra em açao nesse livro??? Acho que jake podia ficar com a laura e nessie com o alec

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